A paralisação nacional de 24 horas contra a reestruturação do Banco do Brasil, na sexta-feira, 29, fortaleceu uma jornada de resistência que vai seguir adiante até a direção do banco recuar na insistência de desmontar um patrimônio público do povo brasileiro, afirma o SindBancários de Porto Alegre e região. Na capital, agências ficaram fechadas, setores não funcionaram e houve filas, com atraso na abertura e no atendimento a clientes. Nesta segunda-feira, 1º, ocorre o lançamento de uma campanha de mídia em TV, jornal e rádio.
De acordo com o SindBancários, quem pensou que os clientes ficariam contra o movimento nacional levou um grande susto. Os dirigentes conversaram com a população, distribuíram uma carta aberta e receberam apoios à defesa do caráter público do BB .
Dirigentes relatam os efeitos de uma política de governo de ameaças, assédio e pressão; a diretoria do banco, que segue a cartilha do governo Bolsonaro, quer demitir 5 mil empregados do banco e fechar 361 agências. Isso, somado a ameaças de transferências sem anúncio prévio, transforma a reestruturação num instrumento de pressão. Nunca vimos um desmonte tão profundo e feito em tão pouco tempo. Não são só os funcionários que podem fazer a reestruturação recuar. A população precisa saber o papel do Banco do Brasil em suas vidas. Recebemos muitas palavras de incentivo , afirmam.
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O SindBancários ressalta que o desmonte do BB afeta a sociedade como um todo, uma vez que a instituição é fomentadora de desenvolvimento em diversas áreas, assim como outros bancos públicos, como Caixa e BNDES. Por outro lado, conforme afirmado em texto no site do sindicato, Bolsonaro quer formar maioria para eleger o seu presidente do parlamento e evitar que algum dos cerca de 60 processos de impeachment que tem contra si tenha andamento. A estratégia do governo é desmontar e eliminar todas as empresas públicas que têm saúde financeira, valor de mercado e valor para a população.
A direção do SindBancários ressalta que o Banco do Brasil é lucrativo e tem muito valor para a população. O sindicato, afirma, continuará a luta contra esta política de desestruturação do maior banco do país, dialogando com parlamentares, autoridades públicas e com a população.
Editado por Sintrajufe/RS; fonte: SindBancários