O Ministério Público do Rio Grande do Sul instaurou três inquéritos para investigar a atuação do grupo Equatorial por conta da demora prolongada no restabelecimento da energia elétrica, principalmente na zona sul do estado, após a agem de ciclone extratropical entre os dias 11 e 13 de julho. Milhares de gaúchos e gaúchas chegaram a ficar uma semana sem luz após o fenômeno climático, que havia sido anunciado com antecedência pela Defesa Civil, sofrendo prejuízos de toda ordem.
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Os inquéritos foram abertos pelas promotorias de Justiça de Rio Grande, Pelotas e São Lourenço do Sul. Os procedimentos buscam identificar se houve atuação da empresa no sentido de prevenir falhas no fornecimento e na prestação do serviço, além de buscar entender o tempo de demora. A excessiva demora no restabelecimento está indicando uma falta de planejamento para o enfrentamento de situações adversas , afirmou o promotor Rudimar Tonini Soares. Soares, que atua na 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Rio Grande, destacou que o evento climático foi anunciado com antecedência, exigindo uma preparação não demonstrada pela empresa.
Em Pelotas, o inquérito visa apurar se a empresa atuou para prevenir falhas no fornecimento, por não ter sido a primeira vez no ano que um fenômeno do tipo atingiu a região. O inquérito aberto em São Lourenço do Sul tem o objetivo de acompanhar a regularização do fornecimento do serviço e verificar possíveis falhas no trabalho prestado. Já em São José do Norte, consumidores registraram denúncia junto à Promotoria de Justiça local, que verificou a situação e instaurou uma notícia de fato para que a concessionária privada regularize os problemas apontados.
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Em março de 2021, o grupo Equatorial arrematou por apenas R$ 100 mil (cem mil reais) o braço da distribuição da Companha Estadual de Energia Elétrica (CEEE) durante leilão promovido pelo governador Eduardo Leite (PSDB). A Equatorial atende cerca de 1,8 milhão de gaúchos e gaúchas em 72 municípios das regiões Metropolitana de Porto Alegre, Sul, Centro-Sul, Campanha, Litoral Norte e Litoral Sul.
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Conforme o presidente do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Antonio Silveira, a Equatorial, que segue utilizando a marca CEEE, piorou o atendimento da população e é mal vista em outros estados, onde também adquiriu estatais na farra das privatizações dos governos entreguistas . O sindicalista conta que a Equatorial, depois da privatização da CEEE, se livrou de mais de 1.000 trabalhadores e hoje restam somente uns 600 oriundos da antiga empresa pública .
Com informações da CUT/RS e da GZH