A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Sul, em nota publicada no dia 11 de fevereiro de 2022, comete um grave erro. Ao ignorar o trabalho feito por servidores e servidoras durante a pandemia, reforça os argumentos daqueles que querem extinguir a Justiça do Trabalho e desrespeita os trabalhadores e trabalhadoras que, nas condições que lhes foram impostas, mantiveram o atendimento aos cidadãos gaúchos.
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Levantamento divulgado pelos próprios meios de comunicação do TRT4 não deixa margem para dúvidas quanto à dedicação de seu servidores. Afirma o estudo que a Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul garantiu, em 2021, o pagamento de R$ 3,07 bilhões a trabalhadores que tiveram direitos reconhecidos em ações judiciais . O resultado do trabalho de servidores e servidoras não para por aí: o valor pago a trabalhadores em 2021 é 5% maior do que o registrado em 2020, quando foram pagos R$ 2,93 bilhões.

A escolha da OAB/RS por não reconhecer o empenho de servidores e servidoras durante a pandemia que custou a vida de mais de 636 mil brasileiros e brasileiras, e, ao mesmo tempo, a tentativa de contrapor os trabalhadores do judiciário trabalhista aos mais necessitados, vítimas de um governo que sabotou as medidas de enfrentamento à pandemia e inimigo de qualquer direito trabalhista, deve ser repudiada.
O Sintrajufe/RS, que desde o início da pandemia se colocou em defesa da manutenção da prestação jurisdicional e na exigência de condições seguras de trabalho de servidores e de todos aqueles precisam da atuação da Justiça do Trabalho, seguirá fazendo todas as manifestações necessárias para impedir que mais desinformação sirva de munição para aqueles que querem destruir este ramo tão importante do judiciário brasileiro e ameaçam todo e qualquer direito trabalhista.