SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT 48562h

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Manifestação exige suspensão das obras no Parque Harmonia; colegas da categoria e dirigentes do Sintrajufe/RS estiveram presentes 48m1x

Um ato de protesto foi realizado nas proximidades do TRF4, nesse domingo, 16, contra a destruição do Parque Harmonia, em Porto Alegre. A manifestação, organizada por entidades ambientalistas, como a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), reuniu dezenas de pessoas, que depois saí­ram em caminhada pela Orla do Guaí­ba, cobrando a suspensão imediata das obras. O Sintrajufe/RS esteve presente no ato, representado pelas diretoras Arlene Barcellos e Marli Zandoná e pelo diretor Zé Oliveira. O protesto ainda teve a participação de colegas ativos e aposentados do TRF4, TRT4 e Justiça Federal.

O parque foi concedido por 35 anos pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) à empresa privada Gam3 Parks. Tomado por tratores e escavadeiras, o espaço está sendo desmontado para receber eventos, transformando completamente o local que sedia anualmente o Acampamento Farroupilha. Das 1.253 árvores existentes antes das obras, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) teria autorizado o corte de 432. Segundo a Gam3 Parks, até agora foram derrubadas 103.

Durante o protesto, segurando faixas e imagens das espécies ameaçadas e gritando palavras de ordem, os manifestantes reclamaram também do aparato policial que tentava intimidar os manifestantes: havia seis policiais militares a cavalo e quatro viaturas acompanhando o protesto, com os policiais armados com fuzil.

Os manifestantes denunciaram que o prefeito Sebastião Melo só tem compromisso com interesses privados, não com a preservação das áreas verdes e dos espaços públicos da cidade, que vêm sendo entregues à iniciativa privada. Conforme ONGs de defesa do meio ambiente, as obras não só descaracterizaram o parque como também ameaçam espécies de animais, como aves. Um dos organizadores do ato, o biólogo, professor da Ufrgs e diretor do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), Paulo Brack, denuncia o desastre em marcha: O Harmonia abriga 85 espécies de aves, o maior volume de todos os parques urbanos de Porto Alegre, cinco espécies migratórias. Tem uma riqueza que foi desconsiderada, todos esses ninhos foram destruí­dos. Não houve estudo de impacto ambiental nem foi feito licenciamento. Essa obra tem de parar o mais rápido possí­vel , disse o biólogo.

Editado por Sintrajufe/RS; fonte: CUT/RS