No início do mês de agosto, repercutiu na imprensa o caso de um juiz do Ceará que humilhou mulheres vítimas de abuso sexual. A situação ocorreu em uma audiência no dia 26 de julho, e, na última quinta-feira, 10, o juiz Francisco José Mazza Siqueira, da 2ª Vara Cível de Juazeiro do Norte, foi afastado.
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A audiência ouvia dez mulheres que denunciavam o médico Cícero Valdizébio Pereira Agra por violência sexual, em casos ocorridos em 2021, em meio a atendimentos. Durante a audiência, enquanto eram colhidos depoimentos de mulheres que acusavam o médico, o juiz rebatia as denúncias afirmando que mulheres são bicho da língua grande e que chutam as partes baixas .
Uma das vítimas relatava ter sido tocada nas partes íntimas sem consentimento, quanto o juiz reagiu afirmando que, quando era professor, era assediado por alunas: Tinha aluna que chegava se esfregando em mimaqui não tem nenhuma criança, todo mundo é adulto “, e dizia: ‘professor, não sei o quê, não sei o quꦒ, eu dizia: ‘minha filha, é o seguinte, quando eu deixar de ser seu professor, você faça isso comigo’ , disse o juiz. Em outro momento, afirmou que quem acha que mulher é boazinha, estão tudo enganado, viu. Eita bicho bicho de mão pesada, bicho da língua grande e que chuta as partes baixas é mulher .
A decisão de afastamento foi tomada pelo órgão Especial do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), de forma unânime. O colegiado acompanhou o voto da corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Edna Martins, que pediu o afastamento cautelar e provisório do magistrado pelo prazo inicial de 90 dias. Na apresentação do voto, a corregedora-geral também ressaltou que existe uma outra sindicância em andamento em desfavor do magistrado. No período do afastamento, o juiz fica proibido de frequentar as unidades do Poder Judiciário, bem como ter o aos sistemas e manter contato pessoal com outros servidores e magistrados.
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Com informações do portal G1