O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira, 8, o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país. E o resultado demonstra a penúria em que a população brasileira vem sendo afundada: é a maior inflação para um mês de março nos últimos 28 anosdesde 1994. É também a maior inflação mensal desde janeiro 2003.
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A inflação em março acelerou para 1,62%, após alta de 1,01% em fevereiro. Em 12 meses, a taxa já atingiu 11,30%, bem acima do que era projetado pelo governo. No ano, o indicador acumula alta de 3,20%. Com o resultado de março, já são 7 meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em março. Os principais impactos vieram dos transportes (3,02%) e de alimentação e bebidas (2,42%)grupos de maior peso no IPCA. Nos últimos meses, alguns alimentos tiveram aumentos absurdos: a cenoura, por exemplo, teve salto de 166,17%; o tomate subiu 94,55%; o pimentão, 80,44%. Já o óleo diesel teve aumento de 46,47%; o gás de botijão, de 29,56%. A gasolina, apenas em março, teve alta de 6,95%, já acumulando inflação de 27,48% nos últimos 12 meses.
Servidores acumulam perdas salariais q1t34
Para superar ao menos parcialmente esses aumentos, os servidores e as servidoras de todo o país estão em meio a uma campanha salarial unificada. O Sintrajufe/RS e outras entidades representativas do funcionalismo federal, estadual e municipal vêm construindo mobilizações em diversos estados e em Brasília para pressionar o governo por reposição. A reivindicação dos servidores federais é de 19,99%, o que reporia apenas as perdas referentes ao período do atual governo. Na última sexta-feira, 1º, porém, em reunião com representantes dos servidores públicos, o governo afirmou que não há disposição para negociar reposição salarial para o funcionalismo.
A mobilização segue sendo o único caminho para conseguir a reposição. Nesse sentido, o Sintrajufe/RS está convocando a categoria para o ato Bolsonaro nunca mais , marcado por sindicatos, centrais e movimentos populares para este sábado, 9, em Porto Alegre. A atividade terá início às 15h, no Largo Glênio Peres.
