Na próxima sexta-feira, 16, a Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP/RS) fará um ato em defesa de reposição salarial e da saúde pública. A concentração está marcada para as 9h, em frente ao prédio do IPE Saúde, indo até o Palácio Piratini. O objetivo do ato é exigir a reposição de 12,14% na remuneração dos servidores estaduais e denunciar o desmonte do Instituto.
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O IPE Saúde atende cerca de 1 milhão de servidores e seus dependentes em todo estado. Porém, vem sofrendo, ano após ano, com o descredenciamento de profissionais e a precarização dos serviços. O atendimento aos segurados vem sendo alvo de inúmeras reclamações, com emergências fechadas e hospitais importantes, como Ernesto Dornelles e Santa Casa, ameaçando cessar a prestação de serviços ao IPE.
A situação dos aposentados também é tema de críticas ao governo. Fora a reposição geral de 6% promovida pelo governador Eduardo Leite em 2022, há dez anos os aposentados não veem ajustes na sua remuneração. Com as mudanças recentes na Previdência, o salário diminuiu. Calcula-se uma defasagem de 80% no pagamento aos aposentados. No mesmo período, o preço da cesta básica subiu 120% e o custo dos medicamentos teve aumento de 94% no RS.
A Assembleia Legislativa aprovou, em fevereiro deste ano, o reajuste de 6,27% para os professores estaduais. Porém, entre os aposentados, cerca de 25% não estão aptos a receber o reajuste completo. A diferença se dá pela mudança no plano de carreira do magistério aprovada pela própria Assembleia em 2020 com apoio do governador Eduardo Leite. A cada reajuste do piso dos professores, uma parte do aumento é descontado da chamada “parcela de irredutibilidade”, que mantém a base salarial em meio a reestruturações. Entre os professores atualmente trabalhando na rede estadual, essas parcelas vêm sendo eliminadas com outros reajustes. Entre aposentados, ainda há valores a serem descontados.
Fonte: Sul 21