No último sábado, 11, a forte chuva de final de tarde não impediu que centenas de pessoas buscassem seu exemplar de Mal rompe a manhã . A sessão de autógrafos ocorreu no Memorial do Rio Grande do Sul como parte da programação da 69º Feira do Livro de Porto Alegre.
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Foram distribuídos mais dç 200 exemplares no evento, que contou com a presença de autores, autoras e seus familiares e amigos, colegas da categoria e pessoas que estavam em visita à Feira do Livro. A poeta Lilian Rocha, homenageada com o Troféu Palavra Viva deste ano, também prestigiou a atividade.
A luta com as palavras 4i3w2j
O escritor e oficineiro de escrita criativa Caio Riter, organizador do livro, conta que o título Mal rompe a manhã foi retirado do Poema das sete faces , de Carlos Drummond de Andrade, no qual o poeta fala sobre o ato de escrever, a luta do poeta com as palavras desde que a manhã rompe. Caio afirma que escrever é mais do que jogar as palavras no computador ; esse ato é precedido pelo pensar, uma vez que o escritor, mesmo fazendo outras atividades, está cotidianamente envolvido com as palavras e a escrita.
Além de contos, crônicas e poemas vencedores do 19º Concurso Literário Mario Quintana, a obra reúne parte da produção das oficinas de escrita criativa e poesia, promovidas pelo sindicato. Neste ano, esses textos resultantes das oficinas têm origem em dois projetos: no primeiro, Os retratos de Eva , foi proposto que alunos e alunas escrevessem, cada um, uma parte da biografia de uma personagem chamada Eva. No segundo projeto, A escrita da escrita , o desafio era produzir uma história ficcional sobre um escritor ou escritora real. Entre os homenageados, à escolha dos alunos e alunas, estão Agatha Christie, Clarice Lispector, Edgar Allan Poe, Ernest Hemingway e Fernando Pessoa.












Descobertas com a escrita 182642
Em 2022, a colega Gessiani Melo, da JT Taquara, decidiu tornar realidade um projeto que acalentava havia anos: escrever ficção. Eu sempre escrevi, mas faltava a técnica , conta ela, que se inscreveu na oficina de escrita criativa do Sintrajufe/RS. Dois semestres depois, veio a primeira antologia, Mal rompe a manhã e a primeira sessão de autógrafos. Estou amando , conta Gessiani ao falar sobre a emoção de conseguir colocar em palavras suas memórias. Formada em História, pretende, futuramente, escrever um livro de ficção com temática social.
No dia 19 de novembro, a colega completa 30 anos como servidora da Justiça do Trabalho e o mesmo período como sindicalizada, me sindicalizei ainda no tempo do Sindjustra . Desde o início da pandemia em trabalho remoto, ela atualmente mora em Tubarão (SC) e disse que estava surpresa e feliz pela presença de colegas da JT Taquara que vieram a Porto Alegre especialmente para a sessão de autógrafos. Gessiani diz que as oficinas, o Concurso Literário e a produção do livro são iniciativas importantíssimas do Sintrajufe/RS, que levam as pessoas a conhecerem melhor a entidade.
A filha de Gessiani, Patrícia de Melo Medeiros veio de Tubarão para a sessão de autógrafos. Ela acompanhou o processo de escrita da mãe e elogiou a qualidade dos textos publicados. Também presente para prestigiar a amiga e colega, Adriana Tadiotto Pereira, da 1ª Vara Trabalhista de Taquara, avalia que a oficina fez muito bem para ela na pandemia , promovendo encontros e conversas: ela encontrou um espaço para poder se reconectar com a esperança . Assim como Gessiani, Adriana completa 30 anos como servidora e sindicalizada neste ano, no dia 22 de novembro e avalia positivamente as ações culturais do Sintrajufe/RS.
Vencedor do Concurso Literário na categoria Crônica, Guilherme Pech elogiou a qualidade da publicação, desde o projeto gráfico até o papel, e falou sobre a sensação de ver o texto impresso: é muito emocionante tu veres tua história, que estava guardada, indo pro mundo . Ele disse que o concurso e o livro foram incentivos para voltar a escrever, lançar um romance e publicar uma obra reunindo seus textos vencedores nas dez antologias de que já participou.