Nesta quarta-feira, 27, a categoria realizou mobilização em frente ao prédio da Justiça Federal, em Porto Alegre, com participação de aposentados e aposentadas e colegas da ativa, incluindo novos servidores. O objetivo foi reivindicar que o Supremo Tribunal Federal (STF) formalize os índices de reposição salarial apresentados no Fórum de Carreira. Também houve atividades de mobilização em Santa Maria e Taquara. No dia 22, o Sintrajufe/RS entregou ao ministro do STF Edson Fachin um ofício em que solicita apoio para o encaminhamento, com urgência, da proposta de reestruturação da carreira da categoria.
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No final de outubro, em reunião do subgrupo 3 do Fórum Permanente de Gestão da Carreira dos Servidores do PJU, responsável pela política remuneratória, o coordenador do subgrupo, João D’arc de Oliveira, apresentou o que chamou de índices que chamou de “preliminares”. O foco para reajustes, afirmou, é 2026, mas haveria possibilidade para novembro de 2025 “caso o orçamento permita”, além da já aprovada reposição de 6,13% em fevereiro. Os índices seriam de 2,1% em 2025, 9,2% em 2026 e 11,5% em 2027.
A partir dessa informação, a Fenajufe chamou os sindicatos de base a realizarem atividades de pressão. Foi nesse contexto que o Sintrajufe/RS chamou a mobilização desta quarta, com o seguinte mote: “STF: formalize os índices apresentados no Fórum de Carreira! Queremos reposição, sobreposição de tabelas e respeito aos aposentados!”. Essa insígnia esteve presente nas dezenas de cartazes e na faixa colocada à frente do ato na Justiça Federal.
Durante a atividade, a direção do Sintrajufe/RS relatou a situação geral da luta por reposição salarial e reestruturação da carreira. No final do ano ado, a Plenária Nacional da Fenajufe, realizada em Belém (PA), aprovou diretrizes relacionadas à carreira e às políticas salariais. Essas diretrizes foram transformadas em um projeto entregue ao STF, que precisa encaminhar um projeto de lei ao Congresso Nacional para dar andamento às pautas, o que ainda não ocorreu. A proposta da Fenajufe tem três eixos principais: equiparação com outras carreiras federais mais bem remuneradas, reposição das perdas salariais acumuladas, redução da diferenciação salarial entre cargos e garantia dos direitos dos aposentados.
6,13% em fevereiro é a última parcela 1w6t2h
Ao longo do ato desta quarta, integrantes da direção do sindicato e colegas falaram sobre a importância da mobilização. Em fevereiro será paga a última parcela da atual reposição e, ao microfone, os e as presentes destacaram que a luta deve ser intensificada desde agora para que se avance na recuperação das demais perdas acumuladas. O risco de ficar sem nada aumenta conforme o tempo a, advertiram, especialmente em um contexto no qual as autoconcessões da magistratura têm absorvido sem qualquer limite grandes e crescentes fatias do orçamento do Judiciário. Assim, a atividade foi encerrada com o entendimento geral de que deve ser apenas o início da mobilização, que precisará ser aprofundada e ampliada a partir do início do próximo ano, e que apenas assim será possível conquistar a reposição salarial e a reestruturação da carreira.
Prioridades para a nova estrutura salarial 414g6y
Durante a reunião no Fórum de Carreira realizada em outubro, as entidades integrantes do fórum discutiram e votaram temas prioritários para a nova tabela salarial, que seguirá em debate até fevereiro de 2025. Os mais votados foram: data-base anual para recomposição inflacionária e aumento de padrões e adicional de permanência. Até março de 2025, serão tratados, ainda, temas como sobreposição de tabelas entre analistas e técnicos, novas formas de remuneração, inclusão de gratificações específicas para Tecnologia da Informação (TIC), unificação da Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ) com o Vencimento Básico (VB), benefícios adicionais como auxílio nutrição para aposentados e aposentadas e a regulamentação do adicional de atividade penosa.
Mobilização no interior 5c2yd
Em Santa Maria, os e as colegas se reuniram em frente ao prédio da Justiça Federal no final da tarde. A diretora de base Jusilda Pedrollo explicou que “valorização do servidor começa por salários mais justos é o que pedimos” e avalia que a atividade atendeu ao objetivo de demonstrar união e mobilização.
Já em Taquara, foi realizada uma conversa tratando das dificuldades encontradas no Fórum de Carreira e da necessidade de retomar a mobilização, cobrando a implementação das propostas aprovadas nas instâncias da categoria. Também foi reforçada a importância de fortalecer os atos nas capitais dos estados quando forem realizadas mobilizações nacionais. Conforme o diretor do Sintrajufe/RS, Diogo Corrêa, “os servidores e servidoras da JT de Taquara sempre tiveram um histórico forte de mobilização. Temos uma interação contínua no Foro sobre as questões da categoria. Embora não tenha sido massiva a participação dos e das colegas nessa assembleia, tivemos representações de todas as unidades, exceto a central de mandados. Precisamos sempre rememorar a categoria, especialmente os colegas novos, de que toda a estrutura remuneratória e de condições de trabalho são fruto da mobilização das pessoas que nos antecederam no Judiciário. Ou seja, mobilização por valorização da carreira é mais do que um dever consigo e para com os atuais colegas, mas uma questão de sustentabilidade da categoria, que fará a defesa dos direitos quando a atual geração estiver aposentada”.
