SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT 48562h

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Em ato em frente ao TRT4, Sintrajufe/RS cobra respeito e defende medidas de proteção sanitária s6t3t

Na manhã desta quinta-feira, 10, o Sintrajufe/RS realizou ato público em frente ao TRT4. A atividade teve como intenção repudiar as declarações do presidente do tribunal, desembargador Francisco Rossal, que disse que a Justiça do Trabalho estava de portas cerradas durante a pandemia. O protesto também cobrou medidas de proteção sanitária, já que, na contramão dos demais tribunais e órgãos, o TRT4 decidiu retomar atividades presenciais em meio à atual onda de covid-19.

O ato lembrou que, na verdade, a Justiça do Trabalho nunca parou, graças ao esforço de servidores e servidoras que, mesmo frente à pandemia e aos desafios do trabalho remoto emergencial, garantiram o atendimento aos jurisdicionados e a defesa dos direitos da população. Os manifestantes levaram ao ato uma faixa com os dizeres Exigimos respeito! Os servidores e as servidoras não pararam na pandemia, a Justiça do Trabalho não deixou de atender à população .

Foram também levados cartazes destacando alguns dos números que o próprio TRT4 divulgou recentemente a respeito da produtividade da JT na pandemia:


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A colega da Justiça do Trabalho Débora Bicudo Cardoso, que participou do ato desta quinta, aponta que é importante destacar que durante toda a pandemia prestamos um serviço de ponta aos jurisdicionados. O atendimento ao público sempre ocorreu por pelo menos 12 horas diárias, entre os contatos por e-mail, telefone e balcão virtual. As audiências também foram mantidas por todo o perí­odo, graças à atuação de secretárias e secretários de audiência que mesmo sem qualquer estrutura institucional conseguiram criar um sistema de trabalho para que as solenidades fossem realizadas. Quando a istração do TRT4 afirma que a Justiça do Trabalho estava com as portas fechadas, está menosprezando e desdenhando de toda a nossa dedicação em fazer um trabalho de excelência. Em um momento grave da pandemia, é um desrespeito determinar aos servidores o retorno ao trabalho presencial. Nossa posição é pela proteção do direito à vida .

Arlene Barcelos, diretora do Sintrajufe/RS que também participou do protesto, lembra que desde que, em 20 de março de 2020, foi estabelecido o trabalho remoto e plantão extraordinário, em razão da pandemia do novo coronaví­rus, os relatos dos e das colegas da JT são de muito trabalho, inclusive em condições adversas. No ato, apresentamos os números da produtividade do ano de 2021, entre eles os R$ 3,07 bilhões pagos a trabalhadores e trabalhadoras que tiveram seus direitos reconhecidos, desmontando assim a falsa ideia que foi ada pela OAB/RS ao longo da pandemia de que a Justiça do Trabalho esteve fechada . O ato foi para mostrar à comunidade os resultados alcançados durante todo esse perí­odo de pandemia e exigir respeito ao incansável trabalho realizado por servidores e servidoras da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul, que fizeram de tudo para fazer chegar à população um serviço público tão necessário como o que é o prestado pelo judiciário trabalhista. O Sintrajufe/RS aguarda a reunião que foi solicitada com o Presidente do TRT , completa.

A diretora Cristina Viana reforça que essa nova portaria da istração do TRT trata-se de um retrocesso ao que já vinha sendo feito até então de cuidados em relação à saúde e à vida, tanto dos servidores e das servidoras quanto das pessoas que procuram a Justiça do Trabalho, dos usuários. É um absurdo, porque vai expor novamente as pessoas. Acreditamos que existe uma ideia de atender alguns setores da OAB/RS que disseram que a Justiça do Trabalho estava com as portas cerradas, o que não é verdade. Nós produzimos muito nesse perí­odo, se trabalhou muito, inclusive com um aumento no valor de arrecadação e no valor distribuí­do para os jurisdicionados. Mesmo remotamente, com todas as dificuldades que se impam, se trabalhou muito, com servidores e servidoras utilizando seus próprios recursos, sem receber nada para isso, colocando à disposição o seu patrimônio. O trabalho remoto era para preservar tanto os servidores quanto a sociedade. Mas dizer que o judiciário trabalhista não estava funcionando é uma mentira, é uma falácia. E, infelizmente, a atual istração do TRT4, ao invés de defender a Justiça do Trabalho, se aliou a essa alegação da OAB e ignorou inclusive as ponderações do próprio gabinete de emergência, no qual a istração está presente, e o tanto que nós do sindicato protestamos. Queremos que essa portaria seja revogada para que não haja mais tragédias .

O diretor Paulo Guadagnin destaca que o ato de hoje foi, antes de tudo, um ato de exigência de respeito com a categoria. É inissí­vel aceitar a insinuação, mesmo que por dubiedade, de que os servidores da Justiça do Trabalho não tenham trabalhado durante a pandemia. Os servidores desempenharam suas atividades remotamente, mesmo que sem as condições ideais para desempenhar as atividades. Também é inissí­vel que o anúncio da data do retorno tenha sido dado em primeira mão de dentro da sede da OAB, em claro desrespeito aos servidores, que são, ao final, a força motriz do funcionamento do judiciário trabalhista .

Ramiro López, diretor do Sintrajufe/RS, avalia que o protesto desta quinta foi um ato simbólico importante para sinalizar publicamente para a istração do tribunal a posição do sindicato com relação à reabertura dos prédios com trabalho presencial. É um risco não só para os trabalhadores e as trabalhadoras do judiciário trabalhista, mas para toda a comunidade que frequenta a Justiça do Trabalho, essa precipitação da abertura dos prédios. O ato de hoje sinaliza para a istração e também para a própria comunidade que circula na Justiça do Trabalhoadvogados, partes, peritos, e, principalmente, para os trabalhadores e as trabalhadoras do Judiciárioqual é a posição do sindicato, o que nós defendemos, que somos contra essa reabertura e que não seremos coniventes com o que vier a acontecer com a saúde dos colegas .

Brigada Militar no ato para nossa segurança ? 5e6q3g

Na chegada ao ato, dirigentes do Sintrajufe/RS perceberam que um membro da istração do TRT4 conversava, na entrada do prédio, com policiais militares. Após o iní­cio do protesto, policiais com motos e caminhonetes ficaram nas cercanias, junto ao shopping e, depois, um deles abordou uma dirigente do sindicato solicitando a identificação de “alguém responsável pelo ato”. Conforme ele, a medida seria para a própria segurança de vocês .

Lutas continuam 2q6k23

O Sintrajufe/RS seguirá cobrando de todos os tribunais e órgãos a garantia de medidas de proteção frente à pandemia. Ao mesmo tempo, o sindicato está construindo, juntamente com outras entidades, uma campanha salarial unificada do funcionalismo. No Rio Grande do Sul, está definido um calendário de mobilizações, com atos nos dias 15 e 23. Veja AQUI todas as informações.