Contrariando o diagnóstico do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o novo coronavírus já matou quase 10 mil brasileiras e brasileiros. O país já ocupa o 8º lugar no hanking mundial. Desde o mês de março, a covid-19 ronda o Judiciário. Já foi contabilizada a morte de dez servidores, entre o Judiciário Federal e o Estadual. A morte de servidoras e servidores evidencia a importância de políticas de distanciamento social e reafirma a necessidade de obedecer as orientações das organizações de saúde, do Ministério da Saúde e demais normas decretadas nos estados e no Distrito Federal.
A Fenajufe e sindicatos de base, como o Sintrajufe/RS, defenderam desde o início o direito à vida e a um serviço público de qualidade como prioridade de atuação. Tão logo o país adotou o isolamento social como a medida protetiva mais eficaz contra o novo coronavírus, a Fenajufe solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e aos Tribunais Superiores a suspensão de expediente presencial e a instituição do trabalho remoto. Além disso, a Fenajufe, em conjunto com a Fenajud (Judiciário Estadual), solicitou também medidas protetivas para todas e todos, com atenção especial a oficiais de justiça, agentes de segurança e demais colegas que exercem funções essenciais durante a pandemia.
As medidas não impediram que a doença trilhasse a rota de tribunais, comarcas e fóruns nas várias regiões do país e desfalcasse o quadro de servidores. No dia 25 de março, Carlos Alberto de Araújo Rocha, lotado no TRF2 (Rio de Janeiro), foi a primeira vítima entre nossos colegas. Uma semana depois, o oficial de justiça José Dias Palitot Júnior do TRT2 (São Paulo), faleceu aos 44 anos. O Tribunal de Justiça de São Paulo registrou, no mesmo mês, a morte do também oficial de justiça João Alfredo Portes.
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O TRT2 registrou a quarta morte no Judiciário dia 4 de abril. Clarice Fuchita Kestring (oficiala de justiça) tinha 63 anos. O mês de abril ampliou o quadro de mortes.
No dia 13, faleceu nosso colega aposentado Henrique dos Santos Castro. Ele havia atuou nas varas do Trabalho de Frederico Westphalen, o Fundo, São Borja e Guaíba. Em Porto Alegre, atuou em diversas unidades judiciárias e istrativas. Estava lotado na 4ª Vara do Trabalho de Porto Alegre quando se aposentou, em 2012.
No dia 23, o Judiciário registrou a primeira morte entre os agentes de segurança, Gonçalo Augusto Rodrigues de Freitas, de 61 anos de idade, do TRT8 (Pará e Amapá). E não parou por aí. Ainda no mês de abril, o servidor da Justiça Federal em SP Roberto José Alberto morreu no dia 28. Maio mal começou e já deixou marcas. Desta vez o registro é do agente de segurança Rui Adriano Nogueira de Araújo, de 59 anos. Ele era lotado no TRT11 (Amazonas e Roraima) e morreu no dia 2.
Em âmbito estadual, há registro da morte do servidor Kleber Bulle Rocha (dia 4 de maio), oficial de justiça. Ele trabalhava na central de mandados de Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Nessa quinta-feira, dia 7, outro servidor perdeu a batalha contra a covida-19, o oficial de justiça lotado no Tribunal de Justiça do Pará Roberto Carvalho.
O Brasil já conta com mais de 140 mil casos oficiais de infecção pelo novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro segue na contramão e debocha da letalidade do vírus. Com ele segue uma legião de adoradores que não entendem que o momento é de pensar em si, na família e na coletividade. É imprescindível buscar, preservar e aumentar o isolamento social.
A Fenajufe desenvolveu um hotsite no qual manterá todas as informações sobre a pandemia no Brasil e no mundo com atualizações diárias. Ações realizados pelas entidades, vídeos, prevenção, orientações e demais assuntos sobre a covid-19 estarão disponíveis.
Editado por Sintrajufe/RS; fonte: Fenajufe