O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, na última semana, relatório a respeito dos desligamentos por morte no Brasil. Há, como demonstra o estudo, grande crescimento em todo o país e em boa parte das áreas de atuação, com números piores nos setores da economia que seguiram sempre em trabalho presencial e exposto a mais riscos durante a pandemia do novo coronavírus.
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O relatório do Dieese compara os números do primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020. Nessa comparação, os desligamentos por morte de emprego celetista cresceram 71,6%. No Rio Grande do Sul, o crescimento foi de 99,8%, de 834 (1º trimestre de 2020) para 1.666 (1º trimestre de 2021).
O Dieese também recortou os dados por setor da economia, a partir das delimitações do IBGE. Entre os médicos,os desligamentos por morte triplicaram e entre os enfermeiros, duplicaram. Nas atividades de atenção à saúde humana em geral, o crescimento foi de 75,9%. Na educação, o crescimento foi de 106,7% e em transporte, armazenagem e correio, de 95,2%. No setor denominado istração Pública, Defesa e Seguridade Social, que inclui servidores e servidoras, o crescimento foi de 100%, ando de 268 desligamentos por morte no primeiro trimestre de 2020 para 536 no mesmo período de 2021.
Esses números, assustadores, referem-se apenas aos brasileiros e brasileiras celetistas. Na informalidade ou no desemprego, milhares de trabalhadores e trabalhadoras perderam a vida no último ano sem entrar nessas estatísticas. Resultado da política genocida do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que não construiu políticas de enfrentamento à pandemia nem no setor sanitário, nem no setor econômico, abandonando o povo à própria sorte e tendo como saldo, neste momento, quase 500 mil mortes oficiais.
Veja AQUI a íntegra do relatório do Dieese.