No início da tarde desta quinta-feira, 22, diversos servidores e servidoras da Justiça Federal de Porto Alegre se reuniram para foto em frente ao prédio-sede para cobrar valorização salarial para a categoria. Dirigentes do Sintrajufe/RS estiveram presentes, reforçando a convocação do ato de 28 de maio, quarta-feira, às 14h, com foco na cobrança de uma proposta concreta de reajuste salarial e mudanças na carreira por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). O orçamento do Judiciário para o ano que vem deve ser finalizado em agosto de 2025, e os sindicatos cobram do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que sejam previstos na peça orçamentária os valores do reajuste e reestruturação ainda em 2025.
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A iniciativa partiu de servidores e servidoras que ocupam, em sua maioria, cargos de direção e foi realizada em outras cidades.
Diversos sindicatos já começaram a preparação da data nacional aprovada no 12º Congresso Nacional da Fenajufe, realizado em Foz do Iguaçu, no final de abril. O Sintrajufe/RS está visitando locais de trabalho na capital e no interior, além de disponibilizar materiais para o dia.
Em todos os locais, a indignação dos servidores e servidoras com o tratamento diferenciado que o STF tem dado para trabalhadores e magistrados é grande. Nesta semana, foi a vez da Procuradoria-Geral da República (PGR) de autorizar o pagamento retroativo de licença compensatória aos membros do Ministério Público Federal (MPF), retroativo a 2015. Todos esses penduricalhos do MPF têm sido espelhados no Judiciário Federal e Estadual.

No dia 13, o Conselho da Justiça Federal (CJF) publicou a resolução 943/2025, que regulamenta a convocação temporária de magistrados federais para atuar remotamente em projetos da Justiça Federal de outras regiões. O magistrado convocado teria direito a dois dias extras de licença indenizatória por semana trabalhada, podendo receber até oito dias da licença por mês. Acumulados, o novo benefício e a licença compensatória podem gerar até 18 folgas mensais, com possibilidade de conversão em dinheiro.
Só em licenças compensatórias, relatório da ONG Transparência Brasil, de dezembro de 2024, calculou em R$ 819 milhões o custo da conversão dos dias de folga a mais recebidos pelos magistrados. Esses valores correspondem ao período compreendido entre julho de 2023 e outubro de 2024.