Na última sexta-feira, 14, o Sintrajufe/RS realizou reunião com a diretora do Foro da Seção Judiciária da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, juíza federal Carla Evelise Justino Hendges. O objetivo foi tratar da denúncia de um caso de assédio ocorrido na JF e seus desdobramentos, além de levar preocupações sobre o procedimento de recepção e acolhimento de novos servidores e servidoras.
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A diretora Cristina Viana e os diretores Marcelo Carlini e Zé Oliveira representaram o sindicato e levantaram uma série de preocupações relacionadas a um encadeamento de situações ocorridas na Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento Humano (DADH). Trata-se de um setor fundamental para a gestão de pessoas com repercussão nas políticas de RH em toda a Seção Judiciária.
Desdobramentos após a punição por falta de urbanidade, originada em uma denúncia de assédio moral na área istrativa trouxeram preocupações ao Sintrajufe/RS. A istração afirma não ter relação com a cadeia de acontecimentos. Fato é que após a apuração das denúncias e a respectiva punição por falta de urbanidade da então diretora houve a saída de servidores do setor, o convite à saída de outros e a abertura de processos istrativos disciplinares gerando um ambiente de desconforto e medo.
A diretora do Foro reconheceu que há conflitos no setor, afirmou que a instauração dos processos não partiu da Direção do Foro, além de buscar soluções que garantam a valorização dos e das colegas – tanto dos que saíram quanto dos que permanecem na DADH – e o bom funcionamento do setor. O Sintrajufe/RS afirmou que não aceitará nenhuma perseguição a servidores, ainda mais num ambiente onde, originariamente, houve um conflito instaurado a partir de denúncias de assédio moral, que teria sido praticado por parte de pessoa nomeada pela istração.
O sindicato seguirá acompanhando os desdobramentos da situação, com especial atenção para os PADs que estão em andamento.
Falta de ambientação e treinamento de novos colegas causa dificuldade e não garante uma visão geral da Justiça Federal 544f2n
Uma das avaliações feitas durante a reunião é de que o problema da DADH tem sido agravado por uma questão mais ampla à 1ª Instância da Justiça Federal: a falta de atividades de recebimento aos novos colegas nomeados. Para o Sintrajufe/RS, a ausência de programas nesse sentido, como os desenvolvidos no TRF4, no TRT4 e no TRE, dificulta a integração entre colegas, a compreensão da estrutura e dos objetivos dos órgãos e a sensação de pertencimento ao Judiciário. Há, ainda, a falta de treinamento específico para as funções que serão desenvolvidas. No interior do estado, o problema torna-se ainda maior, pois há certo isolamento das varas, o que poderia ser minimizado com essas ações de integração. A título de comparação, os novos magistrados realizam treinamento de 120 dias.
A diretora do Foro, juíza federal Carla Evelise Justino Hendges, concordou com a percepção dos dirigentes do sindicato. Ela também entende que é preciso melhorar os procedimentos iniciais de orientação e recebimento para que os e as colegas compreendam melhor as dinâmicas do órgão e a importância de seu trabalho para a sociedade, podendo, assim, integrar-se melhor com os demais.
